segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Marina faz apelo para que eleitores coloquem 'duas mulheres' no 2º turno das eleições


ARARIPE CASTILHO
ENVIADO ESPECIAL A SERTÃOZINHO


A candidata do PV à Presidência, Marina Silva, fez um apelo na manhã desta segunda-feira, em Sertãozinho (SP), para que os eleitores coloquem "duas mulheres" no segundo turno das eleições, em referência à própria candidatura e à petista Dilma Rousseff, que lidera as pesquisas.

"Tudo indica que o povo quer uma mulher no segundo turno. Se é assim, que coloque as duas, para que possam debater em tempos iguais as propostas para o Brasil", disse Marina.

A tática já havia sido usada pela candidata na última sexta-feira em Florianópolis (SC), quando Marina pediu aos eleitores que levem a eleição ao segundo turno e decidam "entre duas mulheres".

Em Sertãozinho, ela também criticou os perfis de Dilma e do candidato do PSDB à Presidência, José Serra. Ela afirmou que ambos são "gerentes", mas que o Brasil precisa de "pessoas com visão estratégica".

Marina participa em Sertãozinho do 12º Fórum Internacional Sobre o Futuro do Álcool, evento que antecede a 18ª Fenasucro (Feira Internacional da Indústria Sucroalcooleira), que começa amanhã.

Sobre o setor sucroalcooleiro, a candidata defendeu a certificação do etanol. Ela disse que as reivindicações do setor, como a transformação do etanol em commoditty mundial, são legítimas.

Jarbistas já vêem o PSDB com Eduardo


BRUNA SERRA Especial para a Folha

Ainda que seja im­pos­sí­vel pre­ver o ce­ná­rio que se for­ma­rá ao final dessa dis­pu­ta es­ta­dual, o bloco jar­bis­ta já con­ta­bi­li­za uma baixa. Os par­ti­dos de opo­si­ção, PMDB, PPS e DEM já en­xer­gam o PSDB como uma le­gen­da go­ver­nis­ta. Nos bas­ti­do­res da cam­pa­nha, os tu­ca­nos já estão sendo con­ta­bi­li­za­dos como ad­ver­sá­rios no Estado. Os pri­mei­ros si­nais da tra­ves­sia co­me­ça­ram a apa­re­cer com as dis­si­dên­cias dos pre­fei­tos da le­gen­da, que, sem qual­quer pro­tes­to do alto co­man­do tu­ca­no, co­me­ça­ram a ade­rir ao pa­lan­que do go­ver­na­dor Eduardo Campos (PSB). A opo­si­ção, agora, volta seus olhos para a forma como o tu­ca­na­to local será re­ce­bi­do pelos ­atuais alia­dos do go­ver­no. “Certamente, pela porta dos fun­dos, já que no go­ver­no já exis­tem mui­tos ca­ci­ques”, dis­pa­ra um in­te­gran­te do staff jar­bis­ta. Demo­cratas, pee­me­de­bis­tas e pós-so­cia­lis­tas as­se­gu­ram já ter visto este filme.

“A his­tó­ria se re­pe­te”, afir­ma um de­mo­cra­ta em re­ser­va. Foi tam­bém du­ran­te o se­gun­do man­da­to de Jarbas Vas­con­­celos (PMDB) à fren­te do go­ver­no de Pernam­bu­co que o PSDB de­sem­bar­cou no Palácio do Campos das Princesas, for­ma­do es­pe­cial­men­te por ex-so­cia­lis­tas, que, co­man­da­dos pelo se­na­dor e pre­si­den­te na­cio­nal tu­ca­no, Sérgio Guerra, dei­xa­vam o PSB do ex-go­ver­na­dor Miguel Arraes nos idos de 1998. No grupo fi­gu­ra­vam nomes como o pre­fei­to de Jaboatão, Elias Gomes, e o de­pu­ta­do es­ta­dual Pedro Eurico, que em en­tre­vis­ta ex­clu­si­va à Folha, ontem, clas­si­fi­cou o se­na­dor Jarbas Vasconcelos como “de­sa­gre­ga­dor”. O par­la­men­tar tran­si­tou nas duas ges­tões onde ocu­pou os mes­mos car­gos: líder do go­ver­no na As­sembleia Legislativa.



O ca­mi­nho de volta ao Palácio do Campo das Prin­ce­sas, en­tre­tan­to, pode gerar pro­ble­mas com­ple­xos para o PSDB. Isso por­que al­guns nomes como o da de­pu­ta­da es­ta­dual e can­di­da­ta à ree­lei­ção Terezinha Nunes não devem acei­tar a mu­dan­ça de lado. Elias Gomes, que in­cial­men­te in­te­grou a lista dos ade­sis­tas, tam­bém é um com­pli­ca­dor. “Isso por­que para o ges­tor será di­fi­cil re­po­si­cio­nar-se fren­te ao elei­to­ra­do do mu­ni­cí­pio. Demo­ra, mas deve acon­te­cer. Agora, Terezinha não acei­ta­rá, bem como o go­ver­na­dor, que, com toda cer­te­za, não quer ela no go­ver­no”, ava­lia outro alia­do. “Já está tudo com­bi­na­do entre Eduardo e Sérgio Guerra. Tem de­pu­ta­do go­ver­nis­ta fa­lan­do isso. Até se­cre­ta­ria já está sendo de­mar­ca­da”, adian­tou um par­la­men­tar.

A as­sun­to é con­du­zi­do em re­ser­va por­que no pa­la­que opo­si­cio­nis­ta a aná­li­se é que ex­ter­nar esse en­ten­di­men­to agora po­de­rá cau­sar pre­juí­zos ainda maio­res a cam­pa­nha de Jarbas. “O PSDB está che­gan­do tarde no pa­lan­que do go­ver­no e dei­xan­do pre­ci­pi­ta­da­men­te as bases da opo­si­ção”, as­se­gu­ra um pee­me­de­bis­ta gra­dua­do. A ava­lia­ção geral é de que o maior ad­ver­sá­rio do PSDB den­tro da alian­ça eduar­dis­ta será o PT, e que a mi­gra­ção po­de­rá con­tri­buir para um fu­tu­ro vôo na­cio­nal do go­ver­na­dor.

Pela distensão política no Brasil



A despeito de que ninguém ganhou ou perdeu nada ainda nas eleições deste ano, quero encaminhar uma discussão de caráter absolutamente pós-eleitoral na esperança de que, sendo apresentada agora, volte à pauta assim que vencedores e vencidos já forem conhecidos.

Duvido de que qualquer observador sério, sensato e capaz, sabendo dessa verdadeira guerra que se estabeleceu entre o governo, de um lado, e a oposição e a imprensa do outro discorde de que essa situação tem sido ruim para o país.

Talvez alguma alma abençoada se incumba de apurar quanto tempo, dinheiro e energia o Congresso perdeu com CPIs inúteis, evocadas sob razões estritamente político-partidárias, em uma esperança vã da oposição de que seria possível paralisar o país até que ela retomasse o poder no âmbito de um fracasso político-administrativo do governo de turno.

A sociedade perdeu com a derrubada da CPMF no Congresso por ação daqueles que a criaram e que hoje, na oposição, decidiram dificultar a ação do governo na saúde. Perdeu durante a crise econômica internacional, que foi mais grave do que deveria devido ao alarmismo oposicionista. Perdeu com os problemas de saúde criados pelo alarmismo midiático de oposição sobre epidemias inexistentes…

A lista é longa. E enumerá-la só faz acirrar os ânimos.

Pelo lado do governo, esse também perdeu muito. Vários de seus membros foram defenestrados pela guerra política, dificultando a administração do país e fragilizando a estrutura governamental para exercê-la.

Todavia, oposição e mídia também estão pagando um alto preço pela aventura em que nos meteram a todos. Além de não conseguirem derrotar o governo, o mais provável é que tanto uma quanto a outra terminem o processo eleitoral de 2010 bem menores do que começaram.

Os partidos de oposição, por encolhimento de uma magnitude que chega a preocupar por sugerir a possibilidade de o sistema de pesos e contrapesos necessário a uma democracia desequilibrar-se a um ponto anômalo, com uma oposição desacreditada, debilitada e encolhida além do que deve desejar o cidadão responsável.

A mídia, obviamente que jamais aceitará o fato de que perdeu praticamente toda a credibilidade, ao ponto de estar sendo solenemente ignorada em suas tentativas de guiar a vontade do eleitorado. Foi assim com Lula, primeiro, mas Folhas, Globos, Vejas e Estadões disseram que com Dilma seria diferente. Não foi, o que prova que o descrédito foi generalizado.

Duvido de que essa guerra política esteja beneficiando a alguém. Mesmo com a vitória de Dilma, seu governo terá que enfrentar mais quatro anos de sabotagens, escândalos artificiais, sobressaltos incessantes como tem sido nos últimos anos.

Penso que todos os atores citados precisam se reinventar, reciclarem-se nos seguintes aspectos:

1 – O governo precisa ficar mais atento a aloprados e espertinhos, pois alguns dos fatos denunciados pela mídia e pela oposição realmente existiram, ainda que de forma muito diferente da que disseram.

2 – A oposição precisa desistir de tentar sabotar o governo, de tentar inviabilizá-lo, de tentar fazer o país ir mal e de fazer acusações irresponsáveis para se concentrar em elaborar um projeto legitimamente seu e com ele tentar voltar ao poder.

3 – A mídia, por fim, precisa simplesmente fazer jornalismo e se afastar de grupos políticos. Uma imprensa equilibrada, fiscalizadora, que não poupe ou fustigue facções seria de uma utilidade imensa para a sociedade.

Antes que me chamem de ingênuo, de sonhador ou até de delirante, peço que levem em conta o fato incontestável de que ao fim do processo eleitoral deste ano a oposição midiática terá pago um preço que dificilmente deixará de fazê-la refletir. E, pelo lado petista, já estarão pensando em como será duro governar sob a artilharia dos últimos anos.

Estarão criadas, pois, a condições para que o Brasil entre em uma nova etapa de seu amadurecimento político. Tenho certeza de que a recente manifestação de Dilma Rousseff no sentido de “estender a mão” aos vencidos esteja se baseando nas premissas aqui elencadas.

Eduardo Guimarães

Lula comanda ofensiva por maioria no Senado



O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deflagrou uma ofensiva na televisão e nos palanques para garantir ampla maioria no Senado para um eventual governo de Dilma Rousseff. Das 54 vagas em disputa, os oposicionistas PSDB, DEM e PPS têm candidatos competitivos em apenas 17, segundo as últimas pesquisas.

Lula e Dilma têm usado o horário eleitoral para disseminar mensagens de apoio a candidatos aliados com chances de tirar do páreo os senadores que, nos últimos anos, derrotaram o governo em votações importantes, como a tentativa de prorrogação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), o imposto do cheque.

O presidente também começou a lançar ataques diretos contra os adversários. Na última sexta-feira, seu alvo foi Marco Maciel (DEM), candidato à reeleição em Pernambuco.

Até 3 de outubro, o número de oposicionistas com chances nas pesquisas pode cair. Mesmo antes da ofensiva de Lula, alguns dos principais expoentes das bancadas contrárias ao governo enfrentavam dificuldades para se reeleger, em uma campanha na qual a associação ao presidente tem se mostrado decisiva na conquista do eleitorado.

Entre eles, Arthur Virgílio (AM), líder do PSDB, e Heráclito Fortes (DEM) são os mais fragilizados na busca por uma das duas vagas em disputa em seus Estados. Efraim Morais (PB), José Agripino (RN) e Marco Maciel, todos do DEM, também estão sob ameaça da onda governista.

Apesar de não ter estado na linha de frente da oposição nos últimos anos, Maciel foi alvo de um ataque pesado de Lula na última sexta-feira, durante um comício do PT, no Recife.

Sem citar nomes, Lula disse que há candidato que parece estar no Senado 'desde o tempo do Império'. 'Já foi presidente da Câmara, ministro e até vice-presidente da República. O que ele trouxe para Pernambuco?' A seguir, o presidente conclamou o público a votar em Humberto Costa (PT), líder nas pesquisas, e em Armando Monteiro Neto (PTB), que ameaça tirar de Maciel a segunda colocação.

Trunfo. José Agripino, ex-líder do DEM no Senado, se mantém há meses na segunda colocação no Rio Grande do Norte, atrás de Garibaldi Alves (PMDB). Mas a ex-governadora Wilma de Faria (PSB) está em ascensão e tem como trunfo o apoio de Lula. 'Aqui no Rio Grande do Norte, vote em Wilma de Faria, que está com Dilma', disse o presidente, em vídeo exibido no horário eleitoral na semana passada.

O presidente e Dilma devem ir ao Rio Grande do Norte em setembro, quando subirão ao palanque com Wilma e seu candidato ao governo do Estado, Iberê Ferreira (PSB), que está perdendo para Rosalba Ciarlini (DEM), da chapa de Agripino.

Lula também já apareceu na TV pedindo votos para Vital do Rego Filho (PMDB), conhecido como Vitalzinho, que ameaça a reeleição de Efraim Morais na Paraíba. O líder no Estado é Cássio Cunha Lima (PSDB), cuja candidatura foi impugnada com base na Lei da Ficha Limpa - ele permanece em campanha enquanto o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) não dá a palavra final.

No Amazonas, onde Lula teve as vitórias mais folgadas em 2002 e 2006 e Dilma tem o quádruplo das intenções de voto do tucano José Serra, Virgílio disputa a segunda vaga para o Senado, já que a primeira deve ficar com o ex-governador Eduardo Braga (PMDB), franco favorito.

Virgílio - que chamou Lula de 'idiota ou corrupto' e se declarou disposto a 'bater na cara' do presidente na época do escândalo do mensalão - está empatado com Vanessa Grazziotin (PC do B), que exibiu na propaganda, no sábado, um vídeo em que Dilma manifesta seu apoio a ela.

No Piauí, Heráclito Fortes é outro que disputa a segunda vaga, já que a primeira deve ficar com o ex-governador Wellington Dias (PT). As últimas pesquisas mostram o senador do DEM em terceiro lugar, atrás de Mão Santa (PSC), que também disputa a reeleição.

Na frente. Os únicos Estados em que oposicionistas estão em situação confortável são Ceará e Goiás. Tasso Jereissati (PSDB-CE) lidera com folga a eleição no Estado que governou entre 1986 e 1990 e entre 1994 e 2002.

Demóstenes Torres (DEM-GO) e Lúcia Vânia (PSDB-GO) caminham para a reeleição, a menos que o petista Pedro Wilson, ex-prefeito de Goiânia, consiga reverter a desvantagem atual - de cerca de 20 pontos porcentuais, segundo o Ibope.

Até o momento, as pesquisas projetam a vitória de dois oposicionistas em Minas Gerais, mas nenhum com atuação na atual legislatura - o ex-governador Aécio Neves (PSDB) e o ex-presidente Itamar Franco (PPS).

Por Daniel Bramatti, estadao.com.br

domingo, 29 de agosto de 2010

Nordeste dita tendências na campanha de 2010


José Roberto de Toledo - O Estado de S.Paulo

As tendências costumam partir dos centros em direção à periferia. É assim no vestuário, na tecnologia, no design. O que é moda em Milão hoje será moda em São Paulo amanhã, e em Xiririca da Serra no dia seguinte. E na hora de votar? Onde fica o centro e quem está na periferia?

Na eleição 2010, quem dita a tendência é o Nordeste. Quando José Serra (PSDB) ainda liderava sozinho as pesquisas sobre a sucessão presidencial, os eleitores nordestinos já preferiam Dilma Rousseff (PT). À época, era comum atribuir esse comportamento ao assistencialismo do governo Lula na região.

O tempo mostrou que essa explicação é reducionista e insuficiente. Reducionista porque sempre a preferência por Dilma incluiu os nordestino ricos e pobres, escolarizados ou não, com e sem bolsa federal. E insuficiente porque ela não explica o fato de essa tendência ter extrapolado as fronteiras do Nordeste.

A mais recente pesquisa Ibope/Estado/TV Globo dá pistas importantes para se entender melhor o porquê de a "onda vermelha" ter se espalhado de lá para o Norte/Centro-Oeste, para o Rio de Janeiro, depois para Minas Gerais, para São Paulo e finalmente chegar ao Sul do Brasil.

Tudo aponta para a continuidade. Mas por que o eleitor quer mais do mesmo, em vez de variar um pouco? A fila andou e incluiu dezenas de milhões no mundo do consumo. Mas, tão importante quanto, os eleitores avaliam que ela continua andando. Principalmente no Nordeste.

Na era Fernando Henrique, o controle da inflação trouxe estabilidade e evitou a corrosão da renda dos brasileiros. O efeito lhe rendeu duas eleições presidenciais, mas acabou se esgotando. A economia voltou à letargia. Após oito anos, o eleitor preferiu a ruptura à continuidade.

As políticas sociais e de crédito massificados no governo Lula dão a impressão de que o movimento de inclusão é persistente. Coincidência ou não, o ritmo da economia como um todo se acelerou. Ao gosto nordestino, saiu de um arrastado bolero para um rápido xote.

Na semana passada, o CEO de um dos maiores bancos brasileiros exortava, em um seminário para os principais executivos da instituição: "Precisamos olhar para o Nordeste. O crescimento lá é mais rápido. É onde estão as oportunidades".

Como exemplo, ele contou a história de um dono de supermercado no Piauí que montou 60 lojas, comprou 300 caminhões e montou uma construtora para garantir a expansão da rede. Tudo nos últimos anos. É um novo mercado se formando.

Esse movimento foi traduzido pelo marqueteiro João Santana no "seguir mudando", o mote e o xote da campanha de Dilma. É o gerúndio no poder, mas parece ser também o ritmo da eleição. Como diriam em Milão, o Nordeste é "trendsetter".




Montenegro do IBOPE joga a tolha: ‘Dilma já é presidente’



O presidente do Ibope, Carlos Augusto Montenegro jogou a toalha: “O Brasil já tem uma presidente. É Dilma Rousseff”, afirmou ele em entrevista a Isto É, fazendo um mea culpa da desastrada declaração que deu à Veja, um ano trás, quando disse que Lula não faria seu sucessor.

É claro que Montenegro colocou muito mais torcida do que ciência estatística naquela previsão, o que reconheceu agora, com um pedido de desculpas. “Foi uma declaração extemporânea, descuidada e muito mais fundamentada num pensamento político do que com base em pesquisas…Peço desculpas. Na vida, às vezes, você se engana.”

Montenegro não podia ir contra as evidências, mas bem que tentou segurar um pouco as pontas, junto ao Datafolha, quando Sensus e Vox já apontavam um crescimento contínuo de Dilma. Enquanto o Datafolha recorreu à propaganda eleitoral na TV na tentativa de explicar a reviravolta que foi obrigado a fazer para apontar a dianteira de Dilma, o presidente do Ibope admitiu que a “virada” de Dilma aconteceu antes. “A tevê ajudou na consolidação. Mas a virada de Dilma Rousseff na corrida para presidente da República se deu antes da tevê. Pelo menos antes do horário eleitoral gratuito.”

Quando Montenegro disse à Veja que Lula não faria o sucessor, assegurou que o presidente não transferiria seu prestígio para um “poste”. Passado um ano, reviu sua posição nas duas análises e reconheceu o preparo de Dilma. “Ela tem mostrado capacidade de gestão, equilíbrio, tranquilidade e firmeza…bom desempenho na televisão, inclusive nos debates e entrevistas. Lula acertou ao dizer que ela era um animal político. Está mostrando muito mais capacidade que os adversários e mostra que tem preparo para ser presidente.”

Em relação à Lula, Montenegro é só elogios e não esconde como fica impressionado pelo presidente. Para o presidente do Ibope, Lula vai deixar a presidência acima do patamar de Getúlio e JK, e classificou o momento político do Brasil como o “império do bem”.

“…cerca de 80% a 90% das pessoas pelo menos subiram um degrau. Quem não comia passou a comer uma refeição por dia, quem comia uma refeição passou a fazer duas, quem nunca teve crédito passou a ter crédito, quem andava a pé passou a andar de bicicleta ou moto, quem tinha carro comprou um mais novo e quem nunca viajou de avião passou a viajar. Os industriais também estão felizes, vendendo o que nunca venderam. Os banqueiros idem.”

Agora que Dilma está voando fica fácil fazer a autocrítica antes de que seja tarde. Mas pelo tamanho dos elogios, acho que Montengero decidiu seguir o Raul Seixas e se tornar uma metamorfose ambualnte, abandonando aquela velha opinião formada sobre tudo.

sábado, 28 de agosto de 2010

Lula pede dez anos para Caruaru se comparar a Paris. E Garanhuns????


Presidente cumpre agenda oficial, mas indiretamente faz campanha para Dilma durante visita ao agreste pernambucano
Thaisa Lisboa, iG Pernambuco

Cumprindo agenda oficial em Caruaru, agreste pernambucano, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva aproveitou a ocasião para fazer, indiretamente, campanha para a candidata do PT, Dilma Rousseff. Além disso, o presidente ressaltou as obras realizadas em seu governo e o recente momento econômico do Nordeste.

"Antes, quando se tratava de coisa boa, era no Sul e no Sudeste. Quando se tratava de coisa ruim era o Norte e Nordeste. Quando eu queria assistir à apresentação de uma orquestra, tinha que ir ao Teatro Municipal do Rio de Janeiro. Hoje, podemos ver em qualquer lugar. O nordestino agora só vai para São Paulo para passear”, afirmou.

Ainda em seu discurso o petista disse que, se o ritmo de transformação do Brasil continuar do jeito que está, Caruaru poderá chegar ao ponto de ser confundida com Paris, capital da França. “Só queremos mais dez anos. Tenham certeza de que José Queiroz (prefeito da cidade) vai administrar Caruaru com a sensação de que fosse uma Paris”, disse.

A declaração foi dada na inauguração do campus da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Lula também falou que vai inaugurar o curso de Medicina em Caruaru, e pediu ao prefeito que prepare bem os jovens da cidade para que vestibulandos de fora não fiquem com as vagas do curso.

Comentário do Blog:: Com um governo municipal atolado em ESCÂNDALOS, uma câmara de vereadores comprometidos com a máquina, 01 deputado que só pensa em FESTAS, como prever Garanhuns daqui a 10 anos? A terra do presidente LULA o maior mito politico do mundo na atualidade fica cada vez mais esquecida no cenário politico estadual. O único fato dela ainda ser lembrada deve-se a casualidade de ser constada no registro de nascimento do presidente como sua terra natal. Fora isso... Nada de desenvolvimento, nada de Industria, nada de empregos,nada de saúde,nada......
E ainda querem continuar mamando perpetuando-se no poder sem fazer absolutamente...NADA!

Charge: Sopa de Tucano


Click na imagem para ampliar

Marina ironiza queda de Serra nas pesquisas e lança apelo por segundo turno


BERNARDO MELLO FRANCO
FLORIANÓPOLIS


A candidata do PV à Presidência, Marina Silva, fez ontem um apelo para que os eleitores levem a eleição ao segundo turno e decidam "entre duas mulheres" quem vai governar o país até 2014.

Ela ironizou a queda de José Serra (PSDB) nas pesquisas e se apresentou como única alternativa a Dilma Rousseff (PT), embora esteja 21 pontos atrás do tucano, segundo o Datafolha.

"Parece que o povo brasileiro quer uma mulher na Presidência. Então vamos equilibrar o jogo entre as mulheres e levar as duas ao segundo turno", pediu, em Florianópolis. "Não precisamos desistir deste sonho."

A senadora disse ver candidatos "desesperados" e atacou o preço dos pedágios em São Paulo, repetindo estratégia do PT contra a gestão de Serra no Estado.

A estratégia do PV é tentar crescer em cima do tucano.

Ela defendeu que as pessoas escolham os candidatos "por si mesmas", numa crítica à força do presidente Lula na campanha de Dilma. "Podemos ter bons padrinhos, mas quem vai governar é quem for eleito", disse.

Na quinta-feira, em reunião com aliados em Curitiba, Marina disse que o eleitor deve "pensar duas vezes antes de entregar o futuro do Brasil para quem não conhecemos direito".

"Com todo respeito à ministra Dilma, nós não a conhecemos neste lugar de eleita. Conhecemos como ministra e até respeitamos seu trabalho, mas daí a ser presidente?", questionou, na capital paranaense.

Ontem, ela disse que o segundo turno é "uma questão de defesa da democracia": "Temos 40 dias para reconsiderar o que estamos fazendo com o Brasil nesta eleição. Não temos o direito de não pensar duas vezes".

A presidenciável pediu votos ao lado do candidato do PV ao governo catarinense, Rogério Novaes, barrado pela Justiça Eleitoral com base na Lei da Ficha Limpa.

Ele teve contas rejeitadas pelo TCU (Tribunal de Contas da União) quando presidia o Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura, em 2003, e recorre ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) para voltar à disputa. Marina discursou contra os "fichas-sujas" e disse aguardar o julgamento para saber se o aliado sofreu "injustiça".

Dá para alcançar?Dilma abre 24 pontos à frente de Serra, mostra Ibope


Agencia Estado

Após dez dias de exposição dos candidatos à Presidência no horário eleitoral, a petista Dilma Rousseff abriu 24 pontos de vantagem sobre o tucano José Serra. Se a eleição fosse hoje, ela venceria no primeiro turno, com 59% dos votos válidos.

Segundo pesquisa Ibope/Estado/TV Globo, divulgada na noite de ontem, a candidata do PT chegou a 51% das intenções de voto, um crescimento de oito pontos porcentuais em relação ao levantamento anterior do mesmo instituto, feito às vésperas do início da propaganda eleitoral.

Desde então, Serra passou de 32% para 27%. Marina Silva, do PV, oscilou de 8% para 7%. Somados, os adversários da petista têm 35 pontos, 16 a menos do que ela.

O desempenho de Dilma já se equipara à de Luiz Inácio Lula da Silva na campanha de 2006. Na época, no primeiro turno, o então candidato do PT teve 59% dos votos válidos como teto nas pesquisas.

São Paulo

Dilma ultrapassou Serra em São Paulo (42% a 35%) e tem o dobro de votos do adversário (51% a 25%) em Minas Gerais - respectivamente primeiro e segundo maiores colégios eleitorais do País.

No Rio de Janeiro, terceiro Estado com a maior concentração de eleitores, a candidata do PT abriu nada menos do que 41 pontos de vantagem em relação ao tucano (57% a 16%).

Regiões

Na divisão do eleitorado por regiões, Dilma registra a liderança mais folgada no Nordeste, onde tem mais que o triplo de votos do rival (66% a 20%%). No Sudeste, ela vence por 44% a 30%, e no Norte/Centro-Oeste, por 56% a 24%.

A Região Sul é a única em que há empate técnico: Dilma tem 40% e Serra, 35%. A margem de erro específica para a amostra de eleitores dessa região chega a cinco pontos porcentuais. Mas também entre os sulistas se verifica a tendência de crescimento da petista: ela subiu cinco pontos porcentuais na região, e o tucano caiu nove.

Renda

A segmentação do eleitorado por renda mostra que a candidata do PT tem melhor desempenho entre os mais pobres. Dos que têm renda familiar de até um salário mínimo, 58% manifestam a intenção de votar nela, e 22% em Serra.

Na faixa de renda logo acima - de um a dois salários mínimos -, o placar é de 53% a 26%. Há um empate entre a petista (39%) e o tucano (38%) no eleitorado com renda superior a cinco salários.

Também há empate técnico entre ambos no segmento da população que cursou o ensino superior. Nas demais faixas de escolaridade, Dilma vence com 25 a 28 pontos de vantagem.

A pesquisa foi registrada no TSE com número 26.139/2010 e ouviu 2.506 pessoas. A margem de erro é de dois pontos porcentuais, para mais ou para menos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

E agora? Um em cada cinco eleitores de Serra prefere programa de Dilma na TV


Da Folha-SP

Um quinto dos eleitores de José Serra (PSDB) avalia que o melhor programa de TV é o de Dilma Rousseff (PT). Dos que declaram voto no tucano e viram o horário eleitoral, 61% afirmam que seu programa é o melhor, mas 22% preferem o de Dilma, e outros 4%, o de Marina Silva (PV).

Entre os eleitores que simpatizam com o PSDB, essa proporção é ainda mais alta: 36% dos tucanos apreciam o programa de Dilma, contra apenas 48% que preferem o de Serra, e 7%, o de Marina.

Dos eleitores de Dilma, três quartos (77%) preferem o horário de sua candidata, ante 9% que elogiam o de Serra, e 4% o de Marina. Dos simpatizantes do PT, o programa de Dilma tem a preferência de 76%; 11% apreciam o programa tucano, e 4%, o do PV.

Ao todo, o programa de Dilma (que é também o mais assistido) é aprovado por 54% dos eleitores que viram o horário eleitoral, contra 26% de Serra e 7% de Marina.

Criada pelo marqueteiro João Santana, a campanha de Dilma é considerada a melhor por 32% dos eleitores de Marina (contra 37% que preferem o programa da senadora) e por 31% dos eleitores de Plínio de Arruda Sampaio (contra 34% que elogiam o horário de seu candidato).

O programa do PT é ainda o mais elogiado entre aqueles que pretendem votar nulo ou em branco (46%).

Em Pernambuco, Eduardo Campos amplia vantagem para quase 50 pontos, diz Datafolha


da Folha
Eduardo Campos (PSB), governador de Pernambuco e candidato à reeleição, abriu quase 50 pontos de vantagem sobre o segundo colocado, o senador Jarbas Vasconcelos (PMDB). É a maior diferença nos Estados pesquisados pelo Datafolha.

Segundo pesquisa Datafolha realizada nos dias 23 e 24, Campos subiu de 62% para 67% das intenções de voto.

Na pergunta espontânea (quando os nomes dos candidatos não são apresentados aos entrevistados), Campos é mencionado por 48%, e Jarbas, por 11%.

Os outros candidatos Sérgio Xavier (PV), Edilson Silva (PSOL) Jair Pedro (PSTU) Roberto Numeriano (PCB) e Fernando Rodovalho (PRTB) foram citados, mas não atingiram 1% das intenções de voto.

Brancos e nulos somam 3%, e 9% dos entrevistados ainda não sabem em quem votar.

A margem de erro é de três pontos percentuais, para cima ou para baixo. Foram realizadas 1.091 entrevistas em 38 municípios. A pesquisa está registrada no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) sob o número 25.402/2010. Os contratantes são a Folha e a Rede Globo.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Lula e o PRECONCEITO...

Dilma: acusação de Serra sobre dossiê é 'desespero'


Eliana Lima
Agencia Estado

A candidata à Presidência da República pelo PT, Dilma Rousseff, comentou, em Salvador, as acusações feitas pelo adversário José Serra (PSDB) de pessoas ligadas a ela serem responsáveis pelo vazamento de dados fiscais de quatro tucanos, que fariam parte de um suposto dossiê. "Uma acusação sistemática que ele tem feito sem provas, o que demonstra desespero", afirmou.

"Não é possível que se utilizem novamente de um expediente, sem provas, para fazer factoides e acessar minha campanha." A candidata anunciou que o PT entrou com duas ações contra o tucano. "Nós consideramos que é uma calúnia feita contra nós, que Serra vem fazendo sistematicamente", disse a petista.

Dilma pediu ainda providencias à Polícia Federal (PF) para que investigue o vazamento dessas informações. "Se eram sigilosas, como é que apareceram nos jornais? Toda essa história nos causa muita estranheza. Quando os dados da Petrobras vazaram, no passado, o PT não acusou o PSDB de ter promovido vazamento. Nós podíamos ter feito isso, mas nós não somos desse tipo."

Sobre a pesquisa Datafolha, que a deixou 20 pontos porcentuais à frente de Serra, Dilma disse ter como política não comentar. "Ficamos felizes, mas pesquisa não ganha eleição. É como jogo de futebol, o que vale é bola na rede. Na eleição o que vale é, no dia 3, voto na urna."

Serra vai questionar dilma no TSE por causa da quebra de sigilo


A coligação de José Serra vai processar a chapa de Dilma Rousseff no TSE por causa da quebra de sigilo de tucanos. Os advogados de Serra pretendem entrar com um pedido de investigação judicial eleitoral por abuso de poder político e uso da máquina pública em favor de Dilma.

Para um dos defensores de Serra, dois fatos mostram que o único objetivo do acesso indevido a informações fiscais de quatro pessoas próximas ao presidenciável ou ao PSDB era prejudicá-lo eleitoralmente e blindar a adversária: os dados foram manuseados dentro comitê de Dilma e

a Receita só queria divulgar o resultado das investigações após o resultado o 1º turno.

Os advogados vão conversar com os integrantes da cúpula da campanha de Serra para decidir quando e em que momento questionarão a campanha da petista. Mas já receberam o aval da coligação para movê-la.

Na prática, esse tipo de ação, se julgada procedente pelo TSE, pode ter dois efeitos: antes das eleições, a perda do registro de Dilma; e, se a petista for eleita, a cassação do diploma ou mandato de presidente.

Pesou a favor de recorrer à Justiça Eleitoral a descoberta de que, além de Eduardo Jorge, houve quebra ilegal dos dados fiscais do ex-ministro Luiz Carlos Mendonça de Barros, do ex-diretor do BB Ricardo Sérgio, e do empresário Gregório Marin Preciado, casado com uma prima de Serra.

Por Lauro Jardim

Opinião do Blog da Transparencia:: Estão querendo ir para o TAPETÃO

Dilma abre 20 pontos e já ultrapassa Serra em SP e no RS


FERNANDO RODRIGUES
DE BRASÍLIA


A candidata do PT a presidente, Dilma Rousseff, manteve sua tendência de alta e foi a 49% das intenções de voto. Abriu 20 pontos de vantagem sobre seu principal adversário, José Serra, do PSDB, que está com 29%, segundo pesquisa Datafolha. Os contratantes do levantamento são a Folha e a Rede Globo.

Realizada nos dias 23 e 24 com 10.948 entrevistas em todo o país, o levantamento também indica que Dilma lidera agora em segmentos antes redutos de Serra. A petista passou o tucano em São Paulo, no Rio Grande do Sul e no Paraná e entre os eleitores com maior faixa de renda.
Em São Paulo, Estado governado por Serra até abril e por tucanos há 16 anos, Dilma saiu de 34% na semana passada e está com 41% agora. O ex-governador caiu de 41% para 36%.
Na capital paulista, governada por Gilberto Kassab (DEM), aliado de Serra, ela tem 41% e ele, 35%.

No Rio Grande do Sul, a petista saiu de 35% e foi a 43%. Já Serra caiu de 43% para 39% entre os gaúchos.

A margem de erro máxima da pesquisa é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos. Todas as oscilações nacionais se deram dentro do limite.

Dilma tinha 47% na sondagem do dia 20 e foi a 49%. Serra estava com 30% e agora tem 29% Marina Silva (PV) manteve-se em 9%. Há 4% que dizem votar em branco, nulo ou em nenhum. E 8% estão indecisos. Os demais candidatos não pontuaram.

Se a eleição fosse hoje, Dilma teria 55% dos votos válidos (os que são dados apenas aos candidatos) e venceria no primeiro turno.

Serra se mantém ainda à frente em alguns poucos estratos do eleitorado. Por exemplo, entre os eleitores de Curitiba, capital do Paraná, onde registra 40% contra 31% de sua adversária direta.

'BOLSÕES'

Mas o avanço da petista ocorre também nesses bolsões serristas. No levantamento de 9 a 12 deste mês, Serra liderava entre os curitibanos com 43% contra 24% de Dilma, uma vantagem de 19 pontos. Agora, a diferença caiu para nove pontos.

Quando se observam regiões do país, a candidata do PT lidera em todas, inclusive no Sul. Na semana passada, ela estava tecnicamente empatada com Serra, mas numericamente atrás: tinha 38% contra 40% do tucano.

Agora, a situação se inverteu, com Dilma indo a 43% e o tucano deslizando para 36% entre eleitores sulistas.

SEGUNDO TURNO

Como reflexo de seu desempenho geral, Dilma também ampliou a vantagem num eventual segundo turno. Saiu de 53% na semana passada e está com 55%. Serra oscilou de 39% para 36%. Ampliou-se a distância, que era de 14, para 19 pontos.

Outro dado relevante e que indica um mau sinal para o tucano é a taxa de rejeição. Dilma é rejeitada por 19% dos eleitores, taxa que se mantém estável desde maio.

Já Serra está agora com 29% (eram 27% semana passada) e chega a seu maior percentual neste ano.

Na pesquisa espontânea, quando os eleitores não escolhem os nomes de uma lista de candidatos, Dilma foi a 35% contra 18% de Serra.

No levantamento anterior, os percentuais eram 31% e 17%, respectivamente.

A pesquisa está registrada no TSE sob o número 25.473/2010.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Limitação imposta a humoristas de ironizar políticos pode ser revista


Agência Brasil

BRASÍLIA - A comissão de juristas encarregada pelo presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), de apresentar propostas para reformular a lei eleitoral vigente poderá reavaliar a norma que limita a atuação dos programas humorísticos de rádio e televisão no período eleitoral. O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente da comissão, José Antônio Dias Toffoli, disse hoje (25) que os humoristas poderão “provocar a comissão” a discutir o tema na série de audiências públicas com segmentos da sociedade que serão promovidas a partir de agora nos estados.

O Inciso 1º do Artigo 45 da lei eleitoral proíbe emissoras de rádio e televisão, durante o período eleitoral, de “usar montagem ou outro recurso de áudio e vídeo que, de qualquer forma, degrade ou ridicularize candidato, partido ou coligação, ou produzir ou veicular programa com esse efeito”.

Toffoli defendeu o Judiciário das série de críticas que tem recebido por conta desta lei que é de 1997. “Não se trata de uma questão de o juiz querer ou não querer mas, sim, de cumprir o que está na lei”, afirmou.

No entanto, ele deixou claro que a comissão está aberta para receber os humoristas em audiência pública e estudar suas demandas. As propostas colhidas de entidades como a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), a Associação Brasileira de Imprensa (ABI), entre outras, servirão de subsídio para o anteprojeto que a comissão de juristas apresentará ao Senado.

Na próxima segunda-feira (30), os juristas divulgarão o texto base das mudanças discutidas até o momento para levar à apreciação da sociedade. Outra questão que, segundo o ministro foi muito debatida no grupo, é a necessidade de se estabelecer mecanismos que acelerem o processo de pedido de impugnação de candidatos para evitar que, no caso de eleitos, tomem posse e cumpram seus mandatos “por meio de liminares”.

De posse das sugestões, nesses casos, Toffoli disse que a comissão definirá parâmetros para estabelecer prazos de julgamento de impugnação de candidaturas, titulação e posse do político eleito. Ele ressaltou que, hoje, existem pelo menos cinco “ritos processuais” que permitem a candidatos tomarem posse e governar ou exercer mandato parlamentar por meio de liminares.

Em comício no MS, Lula ataca diretor da 'Folha de S. Paulo'


Portal Terra

CAMPO GRANDE - Durante comício em Campo Grande (MS), na noite desta terça-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva atacou o publisher da Folha de S. Paulo, Otávio Frias Filho, por um episódio ocorrido em 2002, quando foi cobrado, em almoço no jornal paulista, por não falar inglês.

Em elevados decibéis, ao lado dos candidatos Dilma Rousseff e Zeca do PT, Lula criticou os que o viam como "cidadão de segunda classe ou verdadeiro vira-lata".

"Me lembro como se fosse hoje, quando eu estava almoçando com a Folha de São Paulo. O diretor da Folha de São Paulo perguntou pra mim: "O senhor fala inglês? Como é que o senhor vai governar o Brasil se o senhor não fala inglês?"... E eu falei pra ele: alguém já perguntou se Bill Clinton fala português? Eles achavam que o Bill Clinton não tinha obrigação de falar português!", alvejou. A plateia o interrompeu, com gritos e aplausos. "Era eu, o subalterno, o colonizado, que tinha que falar inglês, e não Bill Clinton o português!".

"Houve uma hora em que eu fiquei chateado e me levantei da mesa e falei: eu não vim aqui pra dar entrevista, eu vim aqui pra almoçar... Levantei, parei o almoço... E fui embora", prosseguiu. "Quando terminou o meu mandato, Zeca... terminei sem precisar ter almoçado com nenhum jornal! Nunca faltei com o respeito com a imprensa... E vocês sabem o que já fizeram comigo...", encerrou o presidente.

Campanha de Serra vai triplicar envio de material aos Estados, diz Guerra


SILVIO NAVARRO
DE SÃO PAULO


Coordenador da campanha à Presidência de José Serra (PSDB), o senador Sérgio Guerra (PSDB-PE) afirmou hoje à Folha que a produção de material "foi triplicada" e chegará aos Estados nos próximos dias.

Segundo ele, a queixa de aliados pela falta de material "é recorrente". "Acontece que nesta eleição as campanhas dos adversários estão muito caras. Está sobrando dinheiro do lado de lá", disse.

Ontem, a notícia de que a oposição elegeu quatro Estados (São Paulo, Minas Gerais, Paraná e Goiás) como prioridades, após a queda de Serra nas pesquisas, gerou uma profusão de queixas em outras praças. Hoje, Guerra negou a estratégia.

"Ninguém no partido está autorizado a dizer isso. Tanto que ontem eu estava viajando pelo país", disse.

Ele também rebateu as críticas de Jarbas Vasconcelos (PMDB), palanque de Serra em Pernambuco, de abandono do PSDB local à sua candidatura. "Em Pernambuco, prefeitos do PMDB e do DEM também não apoiam ele", disse. Jarbas disse ontem que "os tucanos têm causado dificuldades" para ele no Estado.

Relembrando FHC: O prejuízo infindo da venda da Vale


Por: Brizola Neto

Acabo de ler na Folha.com que pela primeira vez a Vale ultrapassou a Petrobras como a maior empresa exportadora brasileira, nos primeiros sete meses do ano, graças à alta do preço dos minérios.

Essa notícia nos revela uma vez mais o imenso potencial da Vale, quando se completam 13 anos da venda da Companhia Vale do Rio Doce por Fernando Henrique Cardoso a preço de banana.

A maior mineradora do país, orgulho nacional e símbolo da Era Vargas que Fernando Henrique tanto se empenhou em destruir, foi vendida por meros US$ 3,3 bilhões, o que ela fatura atualmente em apenas um trimestre. Só no segundo trimestre desse ano, o lucro líquido da Vale foi de US$ 3,75 bilhões.

Antes que algum privatista de plantão alegue que o faturamento da Vale atualmente se deve a alguma eficiência de gestão, é bom ressaltar que a empresa já era grande quando estava em mãos do Estado e que seu crescimento nos últimos anos se apoiou essencialmente no aumento da demanda por minérios, sobretudo da China e sua gigantesca expansão.

Assim como a Petrobras é uma das maiores empresas de petróleo do mundo e atua de acordo com os interesses do povo brasileiro e não de seus acionistas privados, a Vale seria de importância estratégica para o governo na sua política industrial e social.

De minha parte, lutarei sempre contra este crime de lesa-pátria, e como parlamentar insistirei numa CPI para investigar a privatização da Vale. O gráfico que reproduzo acima foi feito em 2007, quando a privatização criminosa completou 10 anos. Acredito que agora, com mais informação, o percentual do brasileiros favoráveis à retomada da companhia seja ainda mais elevado.

É sempre importante lembrar que a privataria generalizada das empresas públicas brasileiras não foi obra apenas de Fernando Henrique Cardoso, mas de todo o seu governo, e de um integrante em particular, que, entre outras mentiras, tenta se passar às vezes como estatista, mas foi o maior incentivador da venda da Vale, nas palavras do próprio presidente-vendedor

Seu nome é José Serra.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Jefferson diz que Serra já perdeu


De Roberto Jefferson, o aliado (nesta eleição, de José Serra) que não tem papas na língua:


- Agora que os anéis se foram, resta salvar os dedos. Temos que guardar energias para eleger o Beto Richa, consolidar o Geraldo Alckmin e virar o Antonio Anastasia.

Mas e o Serra? Sem chance?

- Vou votar no Serra, mas não tem mais volta. Agora, só se a Dilma for apanhada com uma mala com 200 000 reais dentro.

Por Lauro Jardim

Enquete de Blog....Enfim, uma pesquisa dá vitória a Serra



Calma, não é o Ibope, nem o Sensus, nem o Vox Populi, nem sequer o Datafolha. Mas descobrimos um levantamento que aponta a confiança de que Serra vai ganhar as eleições. É a enquete feita no Blog do Noblat, onde 44% acreditam que ele ainda vai vencer a eleição. Quer dizer, na frente em termos, porque 27% jamais acharam que ele venceria e outros 22% acham que o tucano foi pro brejo.
Há um mês, Noblat perguntou a seus leitores a quem seu blog deveria apoiar. Deu Serra com 59%. Portanto, um quarto dos serristas, ali, já jogou a toalha. É pouco.

O mesmo Noblat, em um post publicado ontem de manhã, dizia que nas pesquisas Sensus – que deve foi divulgada hoje – e Ibope (não achei registro dela no TSE), Dilma já teria aberto uma vantagem superior a 20 pontos sobre Serra.

Ou melhor, já se estaria registrando Serra com os índices reais, não os que se dizia que ele tinha.

Finalizando. Dá para acreditar em enquete de blog?

Nova Pesquisa CNT/Sensus: Dilma tem 46% e venceria no 1º turno


Por LEONARDO GOY, estadao.com.br, Atualizado: 24/8/2010 11:14

A pesquisa CNT/Sensus indica que a candidata do PT, Dilma Rousseff, venceria hoje a eleição para a Presidência da República já no primeiro turno. De acordo com os dados divulgados hoje, na lista em que os consultados são estimulados a escolher entre todos os candidatos, Dilma lidera a disputa com 46% das preferências, ante 28,1% do candidato do PSDB e ex-governador de São Paulo, José Serra. A candidata do PV, Marina Silva, tem 8,1%.

Segundo o coordenador da pesquisa, Ricardo Guedes, Dilma venceria no primeiro turno porque, considerando apenas os votos válidos, ela teria 55,3% das preferências, na comparação com os 33,7% do candidato tucano. A conta dos votos válidos exclui brancos, nulos e indecisos.

Com o resultado, Dilma ampliou a vantagem sobre Serra para 17,9 pontos porcentuais neste levantamento, ante os 10 pontos porcentuais da pesquisa anterior, feita entre 31 de julho e 2 de agosto. Em um eventual segundo turno, Dilma também seria a vencedora, caso a eleição ocorresse hoje. Ela teria 52,9% das preferências, ante 34% de Serra.

A pesquisa divulgada hoje foi feita entre 20 e 22 de agosto e registrada com o número 24.903/2010 no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Foram feitas 2 mil entrevistas e a margem de erro é de 2,2 pontos porcentuais para baixo ou para cima.

Marcos Coimbra do Vox Populi: Dilma terá 56% dos votos válidos em 3 de outubro


Estimativas para 3 de outubro
Marcos Coimbra 23 de agosto de 2010 às 11:33h


Na CartaCapital

Do jeito como vão, as eleições presidenciais não devem nos reservar surpresas de reta final. Ao contrário. Salvo algo inusitado, elas logo adquirirão suas feições definitivas, talvez antes que cheguemos ao cabo da primeira quinzena de veiculação da propaganda eleitoral na tevê e no rádio.

Por várias razões, a provável vitória de Dilma Rousseff- em 3 de outubro será saudada como um resultado extraordinário. Ao que tudo indica, ela alcançará uma coisa que Lula não conseguiu nem quando disputou sua reeleição: vencer no primeiro turno. Não que levar a melhor dessa maneira seja fundamental, pois o próprio Lula mostrou ser possível ganhar apenas no segundo e se tornar o presidente mais querido de nossa história.

É preciso lembrar que Lula não a obteve em 2006 por pouco, apesar de sua imagem ainda sangrar com as feridas abertas pelo mensalão. Ele havia chegado aos últimos dias daquele setembro com vantagem suficiente para resolver tudo ali mesmo e só a perdeu quando sofreu um ataque sem precedentes de nossa “grande imprensa”.

Aproveitando-se do episódio dos “aloprados”, fazendo um carnaval de sua ausência no debate na Globo, ela balançou um eleitorado ainda traumatizado pelas denúncias de 2005. Lula deixou de vencer em 1º de outubro, o que, no fim das contas, terminou sendo ótimo para ele. No segundo turno, a vasta maioria da população concluiu o processo de sua absolvição, abrindo caminho para o que vimos de 2007 em diante: ele nunca mais caiu na aprovação popular e passou a bater um recorde de popularidade atrás de outro.

Com as pesquisas de agora, é difícil estimar com precisão quanto Dilma Rousseff poderá ter no voto válido. Não é impossível que alcance os 60% que Lula fez, no segundo turno, na última eleição. E ninguém estranharia se ela ultrapassasse os 54% que Fernando Henrique obteve em 1994, com o Plano Real e tudo.

Para fazer essas contas, é preciso levar em consideração diversos fatores. Um é quanto Marina Silva poderá alcançar, a partir dos cerca de 8% que tem hoje. Há quem imagine que ela ainda cresça, apesar do mísero tempo de televisão de que disporá. Com uma única inserção em horário nobre por semana e um tempo de programa praticamente idêntico ao dos candidatos pequenos, não é uma perspectiva fácil.

O segundo fator é o desempenho dos candidatos dos partidos menores, dos quais o mais relevante é Plínio de Arruda Sampaio. Muito mais que seus congêneres de extrema esquerda, ele pode se transformar em opção para a parcela de eleitores que vota de forma mais ideo-lógica ou que apenas quer expressar seu “protesto”. Embora as pesquisas a respeito desse tipo de eleitor não sejam conclusivas, isso pode, talvez, ocorrer em detrimento de Marina: à medida que Plínio subir, ela encolherá. O que não afetaria, portanto, o tamanho do eleitorado que não votará em Dilma ou Serra.

Para, então, projetar o tamanho da possível vitória de Dilma, o relevante é saber o piso de Serra. Se ele cairá, considerando seu patamar atual, próximo a 30%.

Só o mais otimista de seus partidários acredita (de verdade) que a presença de Lula na televisão será inútil para Dilma e que seu apelo direto ao eleitor não produzirá qualquer efeito. Ou seja, ninguém acredita que ela tenha já atingido seu teto, com os 45% que tem hoje.

O voto em Serra tem, no entanto, três fundamentos, todos, aparentemente, sólidos:

1. É um político respeitado no maior estado da federação, que governou, até outro dia, com larga aprovação.

2. Representa o eleitorado antipetista, aquele que pode até tolerar Lula, mas que nunca votou e nunca votará no PT.

3. Tem uma imagem nacional positiva, conquistada ao longo da vida e, especialmente, quando foi ministro da Saúde. De São Paulo deve sair com 45% dos votos, o que equivale a 10% do País. O antipetismo lhe dá mais cerca de 10% e a admiração por sua biografia no restante do eleitorado, outro tanto (tudo em números redondos).

Se essas contas estiverem corretas, Serra teria pouco a perder nas próximas semanas. Em outras palavras, já estaria, agora, perto de seu mínimo.

Fica simples calcular o resultado que, hoje, parece mais provável para 3 de outubro: Serra, 30%; Marina e os pequenos, 10%; brancos e nulos, entre 8% e 10% (considerando o que foram em 2006 e 2002, depois da universalização da urna eletrônica); Dilma, entre 50% e um pouco menos que 55%. Nos válidos: Marina (e os pequenos) 11%, Serra 33%, Dilma 56%.

Talvez seja arriscado fazer essas especulações. Talvez não, considerando quão previsível está sendo esta eleição.

Marcos Coimbra é sociólogo e presidente do Instituto Vox Populi. Também é colunista do Correio Braziliense.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Marina: 'Tem gente cantando vitória e gente entregando os pontos'


Presidenciável do PV se mostra otimista e convoca o povo para votar nela e levar as eleições para o segundo turno
Carolina Freitas, da Agência Estado

SÃO PAULO - A candidata a presidente Marina Silva (PV) mostrou nesta segunda-feira, 23, disposição para "virar o jogo até o dia da eleição", em 3 de outubro. "Para aqueles que já estão cantando vitória antes do tempo e para aqueles que já estão entregando os pontos antes do tempo, eu estou chamando o eleitor brasileiro para a gente virar esse jogo e irmos para o segundo turno", afirmou, sorridente, após um passeio de uma hora pelo Mercado Municipal de São Paulo.

Questionada se, ao falar de "entregar os pontos", se referia ao candidato a presidente José Serra (PSDB), Marina respondeu: "Eu vejo que as pessoas ficam desanimadas, meio atordoadas. Mas eu acredito na democracia. Temos 40 dias pela frente e, nesses 40 dias, muita coisa pode acontecer." Marina reclamou que o debate eleitoral tem deixado para segundo plano propostas para a saúde, segurança, educação e meio ambiente e prometeu que insistirá na discussão desses temas.

Ex-filiada ao PT, ela fez mistério sobre a aparição ou não da imagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva nos próximos programas da campanha na publicidade eleitoral gratuita na televisão. Marina repetiu por três vezes que não negaria a própria história, mas também não faria "uso oportunista" da figura de Lula. Hoje, também na capital paulista, o presidente disse que não pretende processar o PSDB pelo uso da imagem dele na publicidade de Serra na TV. Após muita insistência dos jornalistas, reagiu: "Vocês querem uma eleição sem suspense? Com tudo já anunciado? Isso quem está fazendo é a candidatura oficial de oposição e a de situação. Tudo já é previsível. Deixa um pouquinho de surpresa... Fica mais interessante."

Segurança

A candidata do PV a presidente criticou ainda a forma como são encaradas no Rio as Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs), iniciativa do governo do Estado para combater o tráfico de drogas em favelas. Para Marina, a ideia é boa, mas é usada como se fosse a solução em relação à violência na capital fluminense. "Pega-se um bom remendo e põe-se num tecido velho", afirmou. De acordo com a candidata do PV, é esse raciocínio que causa episódios como o de sábado (21), quando criminosos invadiram o Hotel InterContinental, na zona sul daquela capital.

Atraso

Marina chegou com uma hora de atraso para a agenda no Mercado Municipal, no horário de maior movimento, o do almoço. A candidata ganhou beijos de eleitores e, apesar da insistência dos feirantes, não comeu os quitutes que lhe eram oferecidos. Sempre a sorrir, Marina explicava que era alérgica e só podia comer nos horários certos. Na hora de ir embora, a candidata agradeceu e abraçou o guardador de carros José Carlos, que havia vigiado o automóvel da campanha. "O seu nome agora está famoso, todo mundo agora quer ser 'Zé'", declarou, em referência indireta ao candidato do PSDB a presidente, que, na publicidade eleitoral, se apresenta com o apelido.





Ficha Limpa: TRE-SP barra candidatura de Maluf


Moacir Assunção e André Mascarenhas

O Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) decidiu hoje, por 4 votos a 2, impugnar a candidatura de Paulo Maluf (PP), que tenta a reeleição à Câmara dos Deputados. A maioria dos magistrados concluiu que a condenação do deputado pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), no caso do ‘frangogate’, o deixa inelegível pela Lei da Ficha Limpa. Uma decisão definitiva sobre o caso deverá ser tomada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Até lá, Maluf continua candidato.
Em nota divulgada após a decisão, a assessoria de imprensa do ex-prefeito de São Paulo ressaltou que a defesa de Maluf apelará ao TSE. “Paulo Maluf teve dois votos a favor, no julgamento do TRE, de dois eminentes juízes. A matéria portanto é controversa”, argumenta o texto assinado pelo assessor Adilson Laranjeira.
Votaram pelo indeferimento da candidatura o relator do caso, juiz Jeferson Moreira de Carvalho, o presidente da Corte, desembargador Walter de Almeida Guilherme, o vice-presidente, juiz Alceu Penteado Navarro e a juíza Clarissa Campos Bernardo. O juiz Gaudino Toledo Junior e o desembargado Paulo Octavio Baptista Pereira foram contrários à impugnação. O juiz Paulo Henrique Lucon se declarou impedido de votar.
Na sessão de hoje, o TRE-SP entendeu que o tribunal não precisa aguardar o julgamento de um recurso impetrado pela defesa de Maluf no TJ-SP para declará-lo inelegível. Na interpretação da defesa do deputado, no entanto, Maluf não poderia ser considerado inelegível porque o TJ ainda não concluiu o julgamento.
Pela Lei da Ficha Limpa, um político que tenha sido condenado por um colegiado de juízes não poderá concorrer nas eleições deste ano. Maluf foi condenado pela 7.ª Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça de São Paulo na ação de improbidade administrativa em que era acusado de superfaturar a compra de frangos para a Prefeitura de São Paulo, em 1996 – escândalo que ficou conhecido como ‘frangogate’.

Workshop debate com empresas novos recursos para inovação


Com o objetivo de apresentar às empresas os recursos e mecanismos para impulsionar a inovação tecnológica nas empresas, O Centro de Tecnologias Estratégicas do Nordeste (Cetene), vinculado ao Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), e a Fundação de Apoio ao Desenvolvimento da Universidade Federal de Pernambuco (Fade/UFPE) realizam, na próxima quarta (25/08), um workshop sobre o Fomento à inovação tecnológica no setor empresarial. O encontro acontece das 10h às 12h, no auditório do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), na Cidade Universitária, no Recife (PE).

Um dos temas centrais do evento será o edital nacional de subvenção econômica no valor de R$ 500 milhões, lançado pela Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP) do MCT. Desse total, 30% ou R$ 150 milhões são destinados a projetos das regiões Nordeste, Norte e Centro-Oeste. Os recursos, de natureza não reembolsável, vão apoiar projetos de inovação em seis áreas estratégicas: tecnologias da informação e comunicação, energia, biotecnologia, saúde, defesa e desenvolvimento social.


“É uma seleção pública de projetos de todo o país e, hoje, cada vez mais os projetos que são bem sucedidos são aqueles que serão elaborados para atender às demandas dessas empresas e, ao mesmo tempo, são feitos em conjunto com as entidades voltadas para a inovação tecnológica”, aponta o diretor do Cetene, Fernando Jucá.



Cartão BNDES – Também no workshop, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) vai apresentar o Cartão BNDES, lançado pelo banco é que pode funcionar para apoiar empresas que trabalham com inovação tecnológica. O Cetene, um centro de pesquisa ligado ao MCT, será o primeiro usuário instituto de pesquisa no Nordeste a utilizá-lo.



“Vamos utilizar o cartão para facilitar o acesso das empresas aos nossos produtos e serviços. Por exemplo, vamos poder vender mudas da nossa Biofábrica de Cana-de-açúcar e serviços de análise do nosso Laboratório de Microscopia Eletrônica por meio do cartão”, explica Fernando Jucá. A Fade apoiará o Cetene como gestora administrativa dos recursos.



O Cartão BNDES, diz o gerente do Departamento Regional Nordeste do BNDES, Fernando Castilhos, funciona como um facilitador do acesso das empresas aos produtos gerados por pessoa jurídica que fabrique ou que seja autorizada pelo fabricante a vender no país os produtos credenciados pelo banco. Voltado para micro, pequenas e médias empresas, o cartão funciona como um crédito rotativo, pré-aprovado, de até R$ 1 milhão, para aquisição de produtos credenciados no Portal de Operações do Cartão BNDES. Atualmente, emitem o Cartão BNDES o Banco do Brasil, a Caixa Econômica Federal, o Bradesco e o Banrisul.


Serviço:


Workshop Fomento à inovação tecnológica no setor empresarial


Dia: Quarta, dia 25 de agosto de 2010

Horário: 10h às 12h

Local: Auditório do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT)


Quem promove:

Fundação de Apoio ao Desenvolvimento da Universidade Federal de Pernambuco (Fade/UFPE)

Centro de Tecnologias Estratégicas do Nordeste (Cetene)

A vingança de Luiz Inácio



Luis Inácio deve estar saboreando cada segundo da mais completa rendição de José Serra, do PSDB e da mídia àquele que mais odeiam, ele mesmo, um pernambucano que, na idade adulta, converteu-se em Lula, de longe o presidente da República mais popular da história do Brasil.

Os supracitados adversários políticos de Luiz Inácio passaram décadas insultando esse homem de todas as formas. Chamaram-no de ladrão (mensalão), de beberrão (Larry Rohter), de apedeuta (Esgoto da Veja), de anta (Diogo Mainardi), de assassino (Folha no desastre da TAM), de estuprador (Folha e o “menino do MEP”)…

Uma geração inteira cresceu lendo e escutando Luiz Inácio ser insultado de todas as formas e acusado de tudo o que se possa imaginar.

Depois de Collor, em 1989, e de FHC, em 1994, em 2002 José Serra “ascendeu” ao posto máximo da direita contemporânea, o de “anti-Lula”. Desde então, não desceu mais do pódio. Esteve por trás de todos os ataques mais virulentos feitos ao presidente da República durante os últimos sete anos e tanto.

As relações do tucano com os agressores mais contundentes do primeiro mandatário da República são tão conhecidas que é possível achar até fotos dele na internet abraçado a alguns.

Durante a maior parte da década de 1990 até início dos anos 2000, Luis Inácio sempre foi comparado com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, intelectual de renome internacional que o derrotou em duas eleições seguidas. A superioridade de FHC sobre ele foi cantada em verso e prosa até o limite do insuportável nos discursos tucano-midiáticos.

Luiz Inácio e seu povo chegam a 2010 com motivos para dar boas gargalhadas. Os que insultaram o mais eminente político petista durante décadas e que o preteriram tantas vezes em favor de FHC, hoje têm que homenagear o antigo desafeto em seus programas eleitorais e que esconder o antigo favorito.

A vingança de Luiz Inácio não poderia ser mais doce.

Entenda a decadência do PIG(Partido da Imprensa Golpista)


Eduardo Guimarães

Nos mais de 1300 dias decorridos desde a segunda posse de Lula na Presidência, cada um deles foi dedicado pela mídia (Globo, Folha, Veja, Estadão e ramificações) à destruição da imagem de seu governo, com uma sucessão de campanhas acusatórias nos veículos de comunicação supra mencionados, compreendidos por televisões, rádios, jornais, revistas e portais de internet.

Uma busca no Google das palavras “Dilma, governo Lula, dossiê, FHC”, por exemplo, redunda em 603 mil resultados. Essas palavras remetem ao pseudo dossiê que o PT teria feito sobre os gastos de FHC com despesas da família presidencial durante o governo tucano.

O leitor pode escolher qualquer um dos muitos escândalos forjados e alardeados pela mídia desde que Lula chegou à Presidência e usar palavras-chaves do assunto para buscar no Google que encontrará centenas de milhares de matérias da grande mídia, todas elas dando de barato que Lula, Dilma ou o PT eram realmente culpados.

Como se não fosse suficiente, neste ano passaram até a falsificar pesquisas eleitorais para tentar eleger José Serra, que, desde que disputou a eleição presidencial de 2002 com Lula, converteu-se em um novo Fernando Henrique Cardoso, o político que, antes de Serra, foi o que teve mais meios de comunicação a seu serviço desde que decidiu disputar a Presidência da República em 1994.

O governo FHC foi uma época de escuridão da democracia brasileira. Ao poder do Estado, somou-se o Quarto Poder, o poder discricionário de uma imprensa que criava crises ininterruptas para os adversários do PSDB, estivesse o partido no governo ou na oposição.

Esse fenômeno foi desencadeado pela anomalia que, em pleno século XXI, mantém o Brasil como o sétimo país mais desigual em um mundo com cerca de duas centenas de Estados soberanos. É o fenômeno pelo qual uma elite de ascendência indo-européia se tornou dona de pelo menos 30% do PIB. Uma elite que não congrega mais do que cinco mil famílias, conforme detectou o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, o Ipea.

Esse poder de uma elite étnica e geográfica ganhou nova roupagem a partir de meados do século XX graças ao fenômeno da comunicação de massas, que, diante da inevitabilidade da democracia, permitiu àquelas elites direcionarem o voto popular.

Esse processo de utilização da imprensa como arma da aristocracia dominante para eleger governos submissos chegou ao ápice em 1964, com um golpe militar forjado nas páginas dos mesmos Globos, Folhas, Vejas e Estadões já mencionados. Golpistas e imprensa atuaram em absoluta consonância para destituir um governo legitimamente eleito e implantarem uma ditadura de vinte anos no Brasil.

No pós-redemocratização, a partir de 1989, com a primeira eleição legítima para presidente da República em mais de duas décadas, o poder midiático novamente continuou elegendo seus candidatos até 1998, quando o candidato de plantão da elite indo-européia, Fernando Henrique Cardoso, praticou um dos maiores estelionatos eleitorais da história, que, inclusive, quatro anos depois sepultou o poder daquela elite de eleger governos nacionais.

FHC elegeu-se em 1998 prometendo manter o dólar valendo cerca de R$ 1,20 e pregando que, se Lula vencesse, desvalorizaria uma moeda que já não valia mais nada em meio a um processo de destruição econômica do país, o qual o mesmo FHC endividaria até o pescoço com o FMI, o Clube de Paris e o governo americano no ano seguinte.

A mídia supra descrita passou 1998 inteiro referendando o discurso tucano e fustigando a oposição petista. Inventaram mais um escândalo para Lula, referente a propina que teria recebido na forma de um automóvel Ômega, e pregando que sua eleição traria de volta uma inflação que já voltava sozinha por conta da débâcle econômica do país.

Ao fim do segundo governo tucano, a população assistiu, bestificada, a uma mídia que se calava enquanto o país, além da crise econômica, mergulhava em um racionamento de energia draconiano que multiplicou várias vezes as contas de luz e fez indústrias irem à beira da falência por falta de energia para produzir.

A partir dali, a mídia perdeu o poder de conduzir o eleitorado como gado. Passou 2002 inteiro repercutindo o discurso do medo de José Serra, com George Soros dizendo que era “Serra ou o caos” e tudo mais, mas o povo deu uma descomunal banana para Globos, Folhas, Vejas, Estadões e penduricalhos e elegeu o primeiro presidente oriundo do operariado.

Ocorre que esse poder aristocrático formado pela promiscuidade entre a elite indo-européia, a imprensa e o Estado acabou sofrendo uma sangria de recursos muito grande a partir da eleição de Lula. FHC doou aos grupos de comunicação já mencionados parte da roubalheira da privataria tucana nas comunicações e lhes entregava verbas públicas à farta. Lula pôs um freio no escândalo.

De 500 veículos de comunicação que dividiam toda a descomunal verba de publicidade oficial até 2002, hoje essas verbas são distribuídas a mais de cinco mil veículos – e acho que esse número pode estar defasado. Diante disso, a mídia que descrevi desencadeou uma guerra contra o governo Lula e, depois, contra a sua candidata a sucedê-lo.

Também porque a mídia precisa ter o que vender aos políticos de direita – se não tiver poder para influir nos processos eleitorais, não terá como barganhar para que o governo de São Paulo, por exemplo, compre milhares de assinaturas de uma Folha ou de um Estadão ou os livros escolares de geografia com mapas contendo dois Paraguais como os que a Veja editou e vendeu a Serra nos últimos anos, durante o seu mandato de governador.

Pela terceira vez no século XXI, Globos, Folhas, Vejas e Estadões vão perdendo uma eleição presidencial junto com um seu candidato tucano. Aliás, a preocupação com essa enorme derrota já está produzindo efeito. Com exceção da Globo, que continua tentando eleger Serra, os outros parecem estar desembarcando de sua candidatura como se nunca a tivessem integrado.

sábado, 21 de agosto de 2010

Dilma abre 17 pontos sobre Serra e venceria no 1º turno, aponta Datafolha


FERNANDO RODRIGUES
DE BRASÍLIA


Na primeira pesquisa Datafolha depois do início da propaganda eleitoral no rádio e na TV, a candidata a presidente Dilma Rousseff (PT) dobrou sua vantagem sobre seu principal adversário, José Serra (PSDB), e seria eleita no primeiro turno se a eleição fosse hoje.

Segundo pesquisa Datafolha realizada ontem em todo o país, com 2.727 entrevistas, Dilma tem 47%, contra 30% de Serra. No levantamento anterior, feito entre os dias 9 e 12, a petista estava com 41% contra 33% do tucano.

A diferença de 8 pontos subiu para 17 pontos. Marina Silva (PV) oscilou negativamente um ponto e está com 9%. A margem de erro máxima do levantamento é de dois pontos percentuais.

Os outros candidatos não pontuaram. Os que votam em branco, nulo ou nenhum são 4% e os indecisos, 8%.

Nos votos válidos (em que são distribuídos proporcionalmente os dos indecisos entre os candidatos e desconsiderados brancos e nulos), Dilma vai a 54%. Ou seja, teria acima de 50% e ganharia a disputa em 3 de outubro.

Os que viram o horário eleitoral alguma vez desde que começou, na terça-feira, são 34%. Entre os que assistiram a propaganda, Dilma tem 53% e Serra, 29%.

Nos primeiros programas, Dilma apostou na associação com Lula, que tem 77% de aprovação, segundo o último Datafolha.

A petista cresceu ou oscilou positivamente em todos os segmentos, exceto entre os de maior renda (acima de dez salários mínimos).

Dilma tinha 28% de intenção de voto entre os mais ricos e manteve esse percentual. Mas sua distância para Serra caiu porque o tucano recuou de 44% para 41% nesse grupo, que representa apenas 5% do eleitorado.

MULHERES E SUL

Já entre as mulheres, Dilma lidera pela primeira vez. Na semana anterior, havia empate entre ela e Serra, em 35%. Agora, a petista abriu 12 pontos de frente nesse grupo: 43% contra 31% de Serra.

Marina tinha 11% e está com 10% entre as mulheres. A verde continua estável desde março no Datafolha. Tem mostrado alguma reação só entre os mais ricos, faixa em que tinha 14% há um mês, foi a 17% e agora atingiu 20%.

A liderança de Dilma no eleitorado masculino é maior do que entre o feminino: tem 52% contra 30% de Serra. A candidata do PV tem 8%.

Outro número bom para Dilma é o empate técnico no Sul. Ela chegou a 38% contra 40% de Serra. Há um mês, ele vencia por 45% a 32%.

Serra não lidera de forma isolada em nenhuma região. No Sudeste, perde de 42% a 33%. No Norte/Centro-Oeste, Dilma tem 50%, e ele, 27%.

No Nordeste a petista teve uma alta de 11 pontos e foi a 60% contra 22% do tucano.

Houve também um distanciamento de Dilma na disputa de um eventual segundo turno. Se a eleição fosse hoje, ela teria 53% contra 39% de Serra. Há uma semana, ela tinha 49% e ele, 41%.

Na pesquisa espontânea, em que eleitores declaram voto sem ver lista de candidatos, Dilma foi de 26% para 31%. Serra foi de 16% a 17%.

Da Folha

Início da propaganda eleitoral explica queda de Serra no Sul, afirmam tucanos


GRACILIANO ROCHA
DE PORTO ALEGRE


O início da propaganda no rádio e na TV e o abandono de aliados são os motivos apontados por lideranças locais tucanas para a perda da vantagem de José Serra (PSDB) sobre Dilma Rousseff (PT) no Sul, região que concentra 15% do eleitorado.

Fortaleza tucana até o mês passado, quando Serra desfrutava sua dianteira mais folgada sobre Dilma (45% a 32%), o Sul é hoje um território de disputa voto a voto.

Segundo o Datafolha, Serra (40%) e Dilma (38%) estão tecnicamente empatados na região --a margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.
Líder nas pesquisas no Paraná, o candidato a governador Beto Richa (PSDB) atribui a queda de Serra à propaganda na TV. "O comentário geral é que o programa de televisão dela [Dilma] está muito superior ao do Serra", disse.

Questionado se a queda não é reflexo do fato de aliados "esconderem" Serra nas propagandas estaduais, ele se limitou a falar do Paraná. "Eu estou fazendo a minha parte, tenho propaganda com o Serra e peço voto."

Richa diz, porém, que a queda de Serra não é fenômeno do Sul. "Ele caiu no Brasil inteiro", falou o tucano.

ABANDONO NO RS

Caso emblemático de abandono é o Rio Grande do Sul, onde Serra tinha a perspectiva de subir em dois palanques --o da governadora tucana Yeda Crusius e de José Fogaça (PMDB).

Na prática, porém, Serra ficou sozinho até agora. No programa de TV, Yeda não fez nenhuma referência ao presidenciável até agora, assim como Fogaça, que se diz neutro na disputa para o Palácio do Planalto.

O presidente do PSDB-RS, Cláudio Diaz, nega que a governadora esteja escondendo o presidenciável.

"Tudo será mostrado na hora certa. Aqui ele tem o melhor desempenho no Brasil. Ninguém pode botar a culpa do pseudo mau desempenho do Serra no Brasil nem no RS nem na Yeda", disse.

Embora Serra tenha apoio declarado de congressistas do PMDB, a base do partido está rachada.

Numa articulação do candidato a vice Michel Temer, prefeitos do PMDB-RS farão um ato para declarar apoio a Dilma na próxima semana.

Segundo os líderes dilmistas, 100 dos 140 prefeitos do PMDB vão entrar na campanha da petista.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Prefeito de Garanhuns volta a dar entrevista.


Depois de bastante tempo afastado dos microfones, o prefeito de Garanhuns Luiz carlos de Oliveira, concedeu hoje pela manhã na rádio fm 87 da cidade uma entrevista. Acompanhado da secretaria de desenvolvimento Mariana Braga e de Diretores da COMPESA, Luiz Carlos aproveitou o momento para falar do fim do racionamento d'agua em Garanhuns com a construção da Barragem do Cajueiro, e culpou seu antecessor(Ex-Prefeito Sivino Duarte) pelo descaso da falta do precioso liquido nas torneiras das casas dos Garanhuenses. Segundo ele, por negligência em uma contra-partida da prefeitura, Silvino quando era prefeito, deixou o dinheiro retornar para Brasilia prejudicando a não realização das obras necessárias para a construção da obra. Falou também com veemência que irá derrotar os candidatos dele(Silvino)nas urnas este ano. Silvino Andrade apoia o José Serra para presidente, Sergio Guerra para Deputado Federal, Jarbas para Governador e Sivaldo Albino para Deputado estadual.

TSE libera candidatura de ex-governador de Rondônia Ivo Cassol


ESTELITA HASS CARAZZAI
DE SÃO PAULO


O candidato ao Senado Ivo Cassol (PP-RO), que havia sido considerado "ficha-suja" pelo TRE (Tribunal Regional Eleitoral) de Rondônia, teve sua candidatura liberada pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral). A decisão, tomada ontem, foi divulgada nesta sexta-feira (20) pelo órgão.

No início do mês, Cassol, que é ex-governador de Rondônia, havia tido sua candidatura indeferida pelo TRE-RO.

Ele havia sido cassado por este tribunal por compra de votos nas eleições de 2006, mas conseguiu uma liminar no TSE para impedir sua cassação até o julgamento de todos os recursos propostos.

No julgamento de sua candidatura, o TRE-RO considerou que a liminar do TSE não impedia que Cassol fosse barrado pela Lei da Ficha Limpa, uma vez que havia sido condenado por órgão colegiado.

A decisão de ontem do TSE, porém, considera que a liminar que suspendeu a cassação impede a aplicação da Lei da Ficha Limpa.

Mídia tucana prepara ataque a blogs progressistas


Por: Eduardo Guimarães

O candidato do PSDB a presidente da República, José Serra, declarou, em coletiva de imprensa nesta quinta-feira, que “blogs sujos, pagos por Lula”, estão sendo usados para atacá-lo. Perguntado pela imprensa a que blogs se referia, Serra não respondeu e encerrou a entrevista.

Na tarde do mesmo dia, recebi denúncia de fonte que considero segura, mas que não quer se identificar, de que grandes meios de comunicação, freqüentemente acusados de serem partidários do candidato tucano, estariam preparando reportagens atacando blogs notadamente contrários a ele, acusando-os de serem pagos pelo governo federal.

Aliás, desde o ano passado que virou moda blogueiros da Globo ou da Veja, entre outros, referirem-se a blogueiros independentes de corporações e contrários à partidarização da grande imprensa como sendo “comprados por Lula”.

Só neste ano, a Folha de São Paulo, O Globo e o colunista da Veja Diogo Mainardi atacaram blogueiros progressistas com matérias levantando dúvidas sobre supostos contratos que teriam com a Empresa Brasileira de Comunicação.

Detalhe crucial: meses e meses depois dessas matérias, jamais houve qualquer denúncia contra qualquer blogueiro mencionado nelas. Apesar de não haver ilegalidade de qualquer espécie, os veículos supra mencionados criaram um clima de suspeição não se sabe sobre o quê.

Da parte deste blogueiro asseado física e moralmente, não há um grama de preocupação. E, pelo que conheço de vários outros colegas blogueiros, muito menos. Desafio qualquer um a exibir um centavo que eu já tenha recebido do Estado brasileiro.

Aliás, nem eu, nem meus quatro filhos ou a minha mulher. Sempre paguei escola para as crianças, plano de saúde para todos nós e jamais tive negócios com o Estado. Não que exista qualquer ilegalidade ou que, se houvesse tal relação, ela seria suspeita meramente por existir.

Mesmo achando que este repetitivo blogueiro jamais seria alvo de um grande meio de comunicação, solidarizo-me com as vítimas de uma possível tática nazista de se tentar difamar críticos na impossibilidade de se responder ao que dizem.

Vox Populi: Armando já empata com Maciel


foto: Alexandre Albuquerque/divulgação

Apesar de ser o menos conhecido e de nunca ter disputado eleição majoritária, o candidato ao Senado Armando Monteiro (PTB) já está empatado com Marco Maciel (DEM), conforme pesquisa do instituto Vox Populi, divulgada pela Rede Bandeirantes e Portal IG. O companheiro de chapa de Armando, Humberto Costa (PT), lidera a disputa com 47% das intenções de votos. Em seguida, vêm Armando Monteiro, com 31%, e Maciel, com 32%. Em quarto lugar, Raul Jungmann (PPS) tem 10%.

No levantamento, foram ouvidos 800 eleitores, entre os dias 7 e 10 de agosto. A pesquisa está registrada no Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE) sob o número 38.148/10. A margem de erro é de 3,5 pontos percentuais para mais ou para menos.

Na disputa ao governo de Pernambuco, o governador Eduardo Campos (PSB) ampliou a vantagem sobre os adversários. Eduardo tem agora 70% dos votos, contra 19% de Jarbas Vasconcelos (PMDB). Os votos nulos e brancos somaram 4% e os indecisos, 6%.