
24/04/2010 | 15h51 | Marido
Polícia prende suspeito de mandar matar enfermeira em Garanhuns
A Polícia prendeu neste sábado, em Garanhuns, no Agreste, Moacir Bezerra Filho, 29 anos, suspeito de ser o mandante do assassinato da própria mulher, a enfermeira Micheline Urquisa, que foi morta a tiros no dia 20 de maio do ano passado. Ele foi preso no início da manhã, no bairro de São José, quando se preparava para buscar a filha na casa da mãe da vítima. Atendendo a uma solicitação da polícia, a comarca de Garanhuns expediu mandado de prisão temporária contra Moacir, que vinha sendo investigado há onze meses. O autor dos disparos, que não teve o nome revelado, também teve a prisão decretada pela Justiça, mas ainda não foi localizado.
Moacir teria planejado o crime por motivo banal, uma vez que não concordava com a divisão de bens durante o processo judicial de separação do casal. Micheline foi morta na porta de casa uma semana depois da primeira audiência de separação, que foi solicitada por ela. Segundo a família da vítima, ela vinha sofrendo várias ameaças de morte por parte do marido.
O crime chocou a cidade de Garanhuns, sobretudo porque o suspeito não modificou a sua rotina após a morte de Micheline. Moacir chegou a solicitar na Justiça a guarda da filha de quatro anos do casal, que mora com a avó materna desde o homicídio.
Laura Urquisa, mãe de Micheline, afirmou que recebeu com alívio a notícia da prisão do suspeito. "Feliz eu não estou, mas recebi com alívio essa prisão. Em Garanhuns, todo mundo tinha certeza que era era o mandante". Segundo ela, ao tomar conhecimento do pedido de separação Moacir vendeu uma casa que estava em seu nome por aproximadamente R$ 150 mil, mas repassou R$ 29 mil para Micheline. "Na audiência, a advogada (de Micheline) pediu para ele apresentar os documentos da venda da casa. Depois disso ele ficou criando problema. Chegou a dizer que Garanhuns era pequena demais pra eles dois. Ele também empurrou minha filha durante uma discussão", recordou Laura Urquisa.
De acordo com o investigador da Polícia Civil Cristiano Barroso, que atuou no caso, Moacir sabia que estava sendo investigado, mas continuou agindo como se nada tivesse acontecido. Segundo a família da vítima, o suspeito não tinha emprego fixo, mas seu pai é um conhecido comerciante do ramo de carnes. O suspeito foi levado para Cadeia Pública de Garanhuns.
Por André Duarte, do Diario de Pernambuco
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