

Da Folha Online
Três ONGs que receberam recursos do Ministério do Turismo têm vinculações entre si e pagam com dinheiro público empresas representadas pelos próprios associados, informa reportagem da Folha desta quinta-feira (22) (íntegra somente para assinantes do jornal e do UOL).
Órgãos de controle e o ministério investigam se a troca de funcionários e a subcontratação de empresas com problemas na Justiça, procedimentos verificados nas investigações, são usadas para driblar o teto de repasses imposto pelo governo. Desde o ano passado o ministério impôs uma restrição de valor de recebimento por entidade, de R$ 1,8 milhão por ano.
Entidades ouvidas pela Folha negaram fazer parcerias entre si.
Entenda o caso
Conforme a Folha revelou na segunda-feira (19), a Polícia Federal e a Controladoria-Geral da União investigam suposta fraude em que políticos associados a organizações não-governamentais são suspeitos de usar dinheiro do Ministério do Turismo para fazer festas. O próprio ministério tomou a iniciativa de municiar os investigadores com informações e documentos.
Das 50 ONGs que mais receberam recursos do Turismo para eventos entre 2007 e 2009, 26 têm relação com políticos e partidos. No início da semana, seis deles contataram a reportagem para reiterar que os eventos que ajudaram a viabilizar foram realizados de forma lícita.
Dos recursos para festas em 2010, 95% foram destinados para eventos que os parlamentares incluíram no Orçamento. No primeiro governo do presidente Lula, o gasto com festas foi de R$ 116,5 milhões. Nos últimos três anos, o valor saltou para R$ 601,2 milhões.
O esquema é similar ao conhecido como a máfia dos sanguessugas, que eclodiu em 2006 e consistia no superfaturamento de ambulâncias compradas com recursos provenientes de emendas apresentadas pelos congressistas ao Orçamento da União.
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