segunda-feira, 26 de abril de 2010

Ciro detona todo mundo: "O dono do Ibope vende pesquisa, vende até a mãe"



Veja as novas pauleiras do deputado Ciro Gomes, em entrevista à Rede TV na madrugada de hoje. Amanhã, ele será rifado, oficialmente, pelo seu partido, o PSB, da corrida presidencial:

"Hoje quem manda no PMDB não tem escrúpulo, nem ética. Michel Temer é o chefe dessa turma. O PMDB é um ajuntamento de assaltantes.
* Não abandono a candidatura presidencial. Mas respeitarei a vontade do meu partido. Lamentarei se não for. Ficarei triste.
* Daqui a 15 anos terei a idade que o Serra tem hoje. Por isso, não posso dizer que não serei candidato a presidente [outra vez].
* Vou parar um pouco. Escrever, pensar, ganhar algum dinheiro[se não for candidato a presidente].
* O que afirma um partido é a disputa nacional. Se pesquisa valesse para tirar candidatos do páreo, Lula não teria sido candidato. Nem FHC.
* Montenegro, do Ibope, vende resultado de pesquisa. Ele vende até a mãe.
* Sabe quantas vezes saí na Rede Globo sendo o deputado proporcionalmente + votado do país? Uma vez, no Jornal Nacional.
* O Ibope e o Sensus fazem qualquer negócio. O Datafolha é o único instituto que não se aluga a partidos e empresas.
* Só quem não chora nesse país é Serra que tem olho de cobra.
* Acho que Lula está completamente errado. O Brasil tem uma diversidade de opiniões. Confinar em um bi-partidarismo? Está errado.
* Essa polarização PT e PSDB faz muito mal ao país.
* O PT fez uma campanha golpista contra FHC com aquela história de Fora, FHC.
* Aí Lula vem p/ o poder, bem avaliado, o que faz o PSDB? Uma escalada golpista com a história do mensalão.
* FHC se juntou com uma turma inescrupulosa, bandida e suja para governar. E vem Lula e se junta com essa mesma gente?
* Para governar a gente faz aliança depois, com o povo na jogada. Esse tipo de aliança [de agora] é para não apurar nada.
* Até Itamar Franco governou sem essa corja [que hoje governa]. Quando se chega ao poder então tudo que se dizia deixa de valer?
* Sabe quem foi ministro da Justiça do governo FHC? Renan Calheiros. Quem comanda o esquema de Lula no Senado? Renan.
* Vamos entregar a Dilma um governo já refém do passado?
* Dilma é uma figura de grande valor. Decente, competente, honesta. Lula escolheu a melhor.
* Torço pelo futuro do meu país. Há 3 ou 4 meses eu era o herói do PT. Hoje sou agredido de forma rasteira, pouco educada.
* Não tenho nenhuma revelação a fazer a não ser dar testemunho de que Lula fez um governo decente, honesto e republicano.
* Vou votar onde meu partido mandar. Mas vou precisar de alguns dias para curar minhas feridas.
* O mensalão foi uma tentativa golpista. Teve 9 pedidos de impeachment contra Lula.
* Ajudei a fazer o impeachment de Collor. Mas será que foi certo? Ajudamos a plutocracia.
* Apoiará Dilma se não for candidato? "Eu seguirei o meu partido".

Fonte: blog do Noblat

Um comentário:

  1. O Mensalão do PSDB

    A imprensa colou mensalões em todos os partidos, menos no PSDB. Por que inventar uma expressão como “Valerioduto” para a sigla? Porque é bem menos caricata, popular e marcante, desprovida do mesmo sentido de periodicidade. Emana perfume “técnico”, aproveita um nome já identificado com o PT e personaliza as responsabilidades.
    O mais curioso disso tudo é que, originalmente, os esquemas criados por Marcos Valério de Souza não apresentavam diferenças quando envolviam campanhas petistas ou tucanas. Era mais ou menos a mesma fraude contábil, os mesmos personagens, as mesmas empresas.
    A SMPB, agência de Valério, desfrutou bons momentos comandando a conta publicitária da Assembléia Legislativa de Minas Gerais, dominada pelo tucanato. Dois deputados federais, cinco deputados estaduais e três prefeitos do PSDB, além de seis integrantes do governo Aécio Neves (ohh!) apareceram na relação de supostos beneficiários dos cofres de Valério na campanha eleitoral de 1998.
    Diversos suspeitos de intermediar as artimanhas do “mensalão do PT” participaram da campanha de reeleição de Eduardo Azeredo e depois trabalharam para Valério. Por falar em Azeredo, o caixa dois utilizado por seus homens de confiança passou tanto pelos cofres de Valério quanto pelos de Duda Mendonça, o elo petista preferido pelo noticiário.
    Até a campanha de FHC recebeu doações da SMPB. Outros recursos não contabilizados, de maior vulto, geraram pedidos de investigação na época, mas o então engavet, digo, procurador-geral da República, Geraldo Brindeiro, não lhes deu prosseguimento.

    ResponderExcluir