quarta-feira, 26 de maio de 2010

Fundarpe é alvo de nova denúncia da oposição


Publicado em 26.05.2010, às 07h54
Do Jornal do Commercio


Um suposto esquema de distribuição de R$ 36,2 milhões entre janeiro de 2009 e abril deste ano para 11 empresas chefiadas por “cinco famílias” é a mais nova arma da oposição contra a administração da Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe), presidida desde 2007 pela ex-vereadora Luciana Azevedo. As informações, coletadas pela equipe técnica da bancada de oposição na Assembleia Legislativa (confira quadro ao lado), foram divulgadas em entrevista coletiva, ontem. O grupo denominou as denúncias como “A farra dos cachês” e exigiu explicações do governo estadual. Um dos principais questionamentos dos deputados se refere à ligação entre assessores do Palácio das Princesas e uma empresa beneficiada, só em 2008, com R$ 2,6 milhões. O estabelecimento é o Palco Show, sediado em Caruaru.

O levantamento dos dados foi realizado a partir de um comparativo entre informações disponíveis no Portal da Transparência do governo estadual e de documentos fornecidos pela Junta Comercial do Estado de Pernambuco (Jucepe). Na conclusão, os oposicionistas avaliaram que além do fracionamento dos empenhos – milhões foram pagos através de centenas de ordens de pagamentos de valores menores –, há a possibilidade de “coincidências indevidas” em relação aos sócios das empresas. O fato indicaria, segundo a oposição, a formação de um grupo de pessoas que estaria sendo “beneficiado indevidamente” pelo governo, sem licitação. “São fatos e ligações que o governo precisa se explicar. É muito dinheiro envolvido e até hoje não houve uma explicação efetiva”, disparou o deputado Augusto Coutinho (DEM).

A deputada Terezinha Nunes (PSDB) comentou o teor da denúncia após a entrevista coletiva: “Cinco famílias, proprietárias de 11 empresas, recebem R$ 36 milhões da Fundarpe”. Outro fato questionado refere-se à informação de que a empresa Nova Era, líder no recebimento de verbas da Fundarpe desde janeiro do ano passado (R$ 8,82 milhões), foi alvo de alteração contratual na última sexta-feira (21). Sócias desde a inauguração, duas das proprietárias saíram e abriram vaga para outras duas mulheres. “Alguns fatos nos levam a suspeitar da hipótese da existência de laranjas. O governo precisa explicar quem são essas pessoas”, acrescentou Terezinha.

Os oposicionistas também chamaram a atenção para a comparação entre o valor distribuído entre as 11 empresas em 16 meses (R$ 36,2 milhões) e o orçamento do principal programa do governo estadual para o fomento da produção cultural, o Funcultura, em 2009 (R$ 24 milhões). Além de Augusto e Terezinha, estavam presentes Adelmo Duarte, Dilma Lins e Maviel Cavalcanti, do DEM, e Edson Vieira, do PSDB. Eles também apresentaram fotos do que seriam as fachadas das empresas, pouco condizentes com o montante da verba recebida.

Sobre a denúncia de que ocupantes de cargos no Palácio das Princesas teriam ligações familiares com o proprietário da empresa Palco Show, João Bertino da Silva, fato revelado pelo JC na edição do último domingo, os oposicionistas afirmaram que um assessor do governo também integra a lista: Antônio Mário da Mota, assessor da Casa Civil e irmão do ex-prefeito de Riacho das Almas, Mário da Mota, é cunhado de Bertino. “Causa muita estranheza essa empresa ter recebido a maior parte dos recursos em agosto de 2008, em plena campanha”, registrou Coutinho.

Um comentário:

  1. TÁ CHEGANDO.......... TÁ CHEGANDO......... SAÍRAM DE CARUARU, PASSARAM PELO TREVO DE SÃO CAETANO E JÁ VEM PELAS IMEDIAÇÕES DE CACHOEIRINHA!!! ESBARRAM JÁ, AQUI, EM GARANHUNS!!! AÍ, VAI TER NEGUINHO QUE TERÁ TODA RAZÃO PARA CORTAR OS PULSOS E DÁ GRITINHOS HISTÉRICOS!!!

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